O ministro da Educação,  inaugurou o prédio da unidade acadêmica da Universidade de Brasília (UnB) em

Planaltina (DF). O Prédio possui mais de 4,5 mil m2, têm 14

salas de aula, três laboratórios, quatro laboratórios de

física e química, biblioteca, centros acadêmicos e polos de cursos a

distância. O campus já atende a 1,1 mil estudantes, em quatro cursos

superiores de vocação agrária, em consonância com o arranjo produtivo

local.

Entre deputados, acadêmicos, militantes da educação,

gestores e autoridades, como o governador do Distrito Federal, Agnelo

Queiroz, um indivíduo parecia mais importante. Exemplo vivo de como a

chegada de uma universidade pode impactar o contexto social de uma

comunidade, Thiago Oliveira Machado fez questão de acompanhar a

inauguração do campus em que se formou, no ano passado, em ciências

naturais.

Aos 21 anos, Machado está formado, é professor

concursado da Rede Pública do Distrito Federal e acaba de ingressar no

curso de mestrado em ciências de materiais, que também será oferecido

pelo campus da UnB em Planaltina. Primeiro de seu núcleo familiar a

ingressar em uma universidade pública, ele resume sua experiência de

maneira simples. “O melhor é que nem precisei sair de Planaltina”,

comemora o jovem, que é morador da cidade desde os dois anos de idade.

Regra

Thiago não é exceção. Dos 1,1 mil estudantes do campus da UnB em

Planaltina, 70% são moradores da própria cidade ou de três outras

próximas: Sobradinho (DF), Formosa (GO) e Planaltina de Goiás. O campus

é um dos 126 que surgiram, em todo o país, com a política de expansão

das universidades federais. “Temos hoje 3,5 milhões de metros quadrados

em construção, o que é equivalente a 800 prédios como este da UnB”,

destacou o ministro Fernando Haddad. Apenas para aumentar as vagas em

universidades federais, os investimentos são de R$ 3,5 bilhões, R$ 1

bilhão a mais do que foi anunciado quando do lançamento do Programa de

Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Para

garantir o acesso da população à educação superior, o Ministério da

Educação conta com cinco programas, a saber: o Reuni, o Programa

Universidade para Todos (ProUni), a Universidade Aberta do Brasil

(UAB), o Financiamento Estudantil (Fies) e a expansão dos institutos

federais de educação, ciência e tecnologia. Garantir o acesso,

entretanto, não é a única preocupação. “É triste fechar 800 vagas em

cursos de medicina, como fizemos, sabendo que o Brasil precisa de

médicos, mas precisamos ter certeza da qualidade da educação”, relatou

Haddad.

Para o reitor da UnB, José Geraldo, o plano de

expansão levou a universidade a uma espécie de refundação. “Com os

recursos do Reuni, a UnB terá uma expansão de sua área física de 50%

até o final de 2013”, contou. A universidade recebeu três novos campi

nas cidades de Planaltina, Gama e Ceilândia, todas no Distrito Federal.